O ideal é que todo paciente com queda capilar passe pela avaliação de um médico dermatologista com especialização em diagnóstico e tratamentos capilares (tricologista),pois muitas pessoas e alguns médicos recorrem a cirurgia sem nem mesmo pesquisar as causas da queda capilar.
O quanto antes a pessoa procura um médico especialista para uma avaliação, menos dificuldades terá para controlar a calvície.
Um recurso importante nessa consulta é a Tricoscopia (uma evolução da Dermatocospia), trata-se de um exame com um aparelho de alta definição que permite ao médico analisar profundamente o couro cabeludo e os fios, detectar doenças que não são aparentes a olho nu, observar o grau de oleosidade, possíveis descamações e diagnosticar os prováveis motivos da queda de cabelos.
O aparelho permite calcular a densidade de fios por área, a espessura, os cabelos em crescimento e a qualidade dos fios. As fotos microscópicas auxiliam o médico no acompanhamento dos tratamentos capilares de maneira efetiva.
Os exames de sangue também são muito importantes, pois muitas vezes detectam problemas de saúde que podem estar comprometendo não só a perda capilar como também estar afetando outras partes do organismo. Muitas vezes apenas o tratamento medicamentoso resolve o problema da queda de cabelos.
Nesta consulta o paciente deverá expor suas expectativas e dúvidas em relação aos procedimentos complementares. Quando a calvície é proveniente da hereditariedade (Calvície Androgenética) o tratamento se baseia em procurar inibir a ação dos hormônios nas células capilares com pré-disposição genética a calvície.
Importante entender que a calvície (alopécia androgenética) não tem cura. O objetivo dos tratamentos existentes são de retardar o processo genético e com isso também retardar a necessidade do transplante capilar. Os tratamentos devem ser personalizados dependendo do sexo, idade e análise dos familiares para prever a intensidade da calvície.
Finasterida: Esse remédio pode ser usado via oral ou em loções tópicas, o objetivo é diminuir o efeito do hormônio masculino sobre a vida do folículo retardando a morte da raiz do cabelo.
Dutasterida: Tem um efeito semelhante a finasterida. Ambas são inibidoras da enzima 5-alfa-redutase, responsável pela conversão da testosterona em diidrotestosterona (DHT).
Espironolactona: Também age diminuindo a ação da testosterona, com mais efeito na pele, porém ajuda os cabelos também.
Flutamida: Faz parte da classe dos medicamentos bloqueadores do receptor androgênico, porém é um recurso menos utilizado.
Actrisave fitoterápicos: Tem efeito antiandrogenico leve e melhora a oleosidade da pele.
Minoxidil: É um medicamento vasodilatador, suas características permitem que ele interfira na proliferação e nutrição das células capilares pelo aumento da irrigação sanguínea, concomitante ele atua estimulando a abertura de canais de potássio, impedindo que o cálcio aja inibindo o crescimento dos folículos. É necessário aguardar uns quatro meses para perceber se o medicamento está tendo sucesso. Entretanto após o início, o tratamento precisa ser contínuo. Pode ser usado para aumentar o volume dos fios na região da barba também.
A Biotina: Conhecida como a “vitamina dos cabelos”, muito utilizada pela raiz para a producao dos fios. Pode ser usada via oral ou loções tópicas.
Saw Palmetto: O extrato de saw palmetto age como inibidor da ação da enzima 5-alfa-redutase (que converte a testosterona em DHT) apesar de não existir comprovação científica sólida sobre sua eficácia é bastante utilizado.
Silício orgânico: Mesma função da biotina e é usado em formulações via oral.
Latanoprosta: Usado em loções tópicas tem ação anti-inflamatória diminui a perda de cabelos, a bimatoprosta pode ser usada em cílios e sobrancelhas.
Melatonina: Quando usado em loções tópicas tem efeito semalhante a latanoprosta.
Fatores de crescimento ajudam no aumento da densidade do cabelo e reduz a queda.
São procedimento menos invasivos feitos na clínica que auxiliam no tratamento clínico e também melhoram o resultado do transplante capilar.
Plasma rico em Plaquetas: Aplicação de material produzido do próprio sangue do paciente e injetado no couro cabeludo.
Microagulhamento: Leve trauma feito no couro cabeludo que mantém as raízes mais saudáveis. Com esse procedimento pode ser feito a colocação de substâncias ativas na raiz do cabelo que terão efeito direto na raiz.
Carboxiterapia: Infusão de CO2 medicinal no couro cabeludo que melhora o fluxo de sangue em volta das raízes.
Laser de baixa potência: Tem ação anti-inflamatória e aumenta o fluxo de sangue em volta das raízes.
É muito importante manter um acompanhamento médico para se atualizar em relação as novidades que surgem nessa área.
Sua dieta é muito importante para a beleza e força dos cabelos. Veja a lista com alguns nutrientes específicos para a saúde dos cabelos:
Proteínas (carne, frango, peixe, ovos…) – Este nutriente apresenta a função estrutural, de manutenção e reparo dos tecidos. Para que os cabelos fiquem mais bonitos, fortes e saudáveis os aminoácidos são fundamentais.
Cenoura/abóbora – Todos os alimentos alaranjados possuem betacaroteno que ajudam muito na vitalidade e crescimento do cabelo, pois colabora na manutenção dos tecidos e cabelos. Por conterem antioxidantes, contribuem para que não haja estresse oxidativo e morte do bulbo capilar, o que além de provocar queda de cabelo, pode deixar os cabelos mais grisalhos.
Cereais integrais (aveia, arroz integral,…) – São fontes de zinco e complexo B que ajuda na multiplicação das células, favorecendo no crescimento e fortalecimento dos cabelos. O zinco também é um fator importante para não haver engrisalhamento e queda de cabelo acelerado. Além disso o zinco é um mineral essencial para que haja controle sobre mudanças hormonais que podem ocorrer e favorecer a queda de cabelo. Um problema onde o zinco pode ajudar é na alopécia androgenética – queda de cabelo.
Feijão é rico em ferro – Esse é essencial para que haja normalização do ciclo de crescimento dos cabelos. Se junto com o feijão se consumir folhas verdes escuras, alguma fruta rica em vitamina C ou molho de salada mais cítrico rico em vitamina C, pode haver otimização da captação desse ferro.
Gengibre, cúrcuma, pimenta – São condimentos que têm atividade anti-inflamatória e está provado que o controle sobre o processo inflamatório é importante para se evitar a queda de cabelo.
Soja – Por ser uma fonte de proteína, vitaminas do complexo B, zinco e outros minerais também pode ajudar a prevenir a queda dos cabelos. Porém uma alimentação variada é fundamental para que a saúde do couro cabeludo e dos próprios cabelos seja mantida.
Oleaginosas (castanhas, amêndoas, nozes, etc…) – Contêm, vitamina E e zinco que participam no processo de formação dos fios e sua ausência nas células da raiz pode acarretar em problemas de formação da estrutura capilar.
Levedura de cerveja – Importante fonte de vitaminas do complexo B, em especial da biotina que melhora o crescimento do cabelo e estimula as células da matriz do cabelo. É normal também a biotina controlar casos de dermatite que alguns pacientes têm juntamente com a queda de cabelo. Alguns pacientes não se dão bem com a levedura, tendo inclusive distensão abdominal e gases, mas para quem pode consumir sem efeitos uma colher de café ao dia pode ser adicionado em vitaminas ou sucos.
Pepino e Cenoura – Quando consumidos diariamente, fortalecem os cabelos e proporcionam o seu crescimento.
Frutos do Mar – São ricos em magnésio, essencial para a formação das proteínas que fortalecem os fios.
Leites e derivados – Ricos em cálcio, evitam que os cabelos fiquem opacos e quebradiços.
Alecrim – A aplicação do alecrim no couro cabeludo melhora a circulação e segundo pesquisas tem efeito inibidor no processo da calvície.
Óleo de Coco – Fortalece e hidrata.Bom para o couro cabeludo e fios.
Cuidado com as dietas radicais – Podem ocasionar o afinamento e a queda dos cabelos, principalmente aquelas que restringem o consumo de proteínas (como carnes, ovos…).
Durante o banho evite água muito quente – Ela retira a oleosidade natural, ressecando não só os fios dos cabelos como também a pele.
Lavar os cabelos todos os dias não faz mal – Principalmente nos casos de alopécia quando ocorre muita produção de sebo.
Dormir com os cabelos molhados faz mal para a saúde capilar – A umidade propicia a proliferação de fungos e bactérias que podem causar a queda dos fios.
Sabonete não deve ser usado para lavar os cabelos – Pois contém em sua fórmula uma grande quantidade de soda cáustica que resseca o cabelo.
Uso constante de boné – Diminui a evaporação do suor produzido pelo couro cabeludo, alterando a flora microbiana que pode gerar dermatites que aumentam a queda de cabelo.
As escovas progressivas – Não faça uso de formol e derivados, pois além de cancerígenos danificam seus cabelos.
Alisamento – Se você não vive sem alisar os cabelos, faça opção por produtos à base de carbocisteína ou tioglicolato (importante saber se o produto tem registro na vigilância sanitária). O uso de apliques, substâncias químicas, chapinhas, secadores, tinturas, podem destruir o fio, deixar o couro cabeludo seboso. Isso tudo somado ao constante tracionamento dos fios, podem resultar num cabelo fraco e sem brilho. O fator traumático é a causa da rarefação e calvície dos cabelos.
Tinturas – Se o seu cabelo está caindo e você precisa pintá-los procure usar tonalizantes ao invés de tintas, pois agridem menos os cabelos.
Liso ou Loiro – É preciso optar! Infelizmente os dois juntos causam uma sobrecarga às estruturas dos fios, podendo fragilizá-los, torná-los quebradiços e na pior das hipóteses causar a queda de cabelos.
Uso de Hormônio Anabolizante – Para o desenvolvimento dos músculos está sendo usado indiscriminadamente pelas mulheres e homens. O uso destes produtos pode desencadear um processo de calvície.
Gravidez – Durante a gestação, os hormônios entram em ação, e a progesterona, por exemplo, é a responsável por deixar os fios mais volumosos, sedosos e bonitos. “Os hormônios da gravidez fazem que a fase de crescimento, a anágena, dure por mais tempo, fazendo que o cabelo fique realmente mais encorpado”. Depois de dois ou três meses após o parto, os níveis de hormônio novamente se alteram e o cabelo se modifica. Nesse período, muitos fios vão se encontrar na fase telógena (queda) e acabam caindo muito mais do que o normal”.
Quimioterapia – Um dos efeitos mais desagradáveis que a quimioterapia pode provocar é a queda do cabelo. A queda de cabelo ocorre em média de quinze a vinte dias depois da quimioterapia, porém, a boa notícia é que é temporária e o cabelo muitas vezes volta a nascer naturalmente, pode ser diferente do cabelo original e nascer mais grosso. No caso de ocorrerem falhas é possível fazer tratamentos para estimular, nutrir as células capilares e promover o crescimento do cabelo novamente.