Acreditamos que para os resultados de uma cirurgia serem eficientes é preciso diagnosticar e tratar as causas da calvície, para isso é necessária uma boa avaliação prévia.
No couro cabeludo existe uma área onde as células capilares não possuem genes para a calvície, por este motivo é chamada de ÁREA DOADORA, observe:
Observe que nas imagens existem uma área comum onde o cabelo não caiu.
Esta área é chamada de ÁREA DOADORA ou área de cabelos permanentes, região onde as células capilares não possuem carga genética para a calvície, ou seja, os fios não são sensíveis à ação dos hormônios responsáveis pela calvície. Graças a estes cabelos o transplante não só é possível como também é eficiente e definitivo.
Avaliando a área doadora através de análise por microscópio digital podemos identificar a densidade capilar que teremos para trabalhar no transplante.
Quando falamos em unidade folicular as pessoas logo pensam em um fio de cabelo, porém na verdade em um mesmo implante podem haver 1, 2, 3 e até 4 fios de cabelo.
Quanto maior for a densidade de fios no implante melhor será o rendimento da cirurgia. A cirurgia traz excelentes resultados, porém sempre indicamos um tratamento clínico paralelo para diminuir a necessidade de um outro transplante.
Atualmente podemos optar por 3 técnicas cirúrgicas, a escolha entre elas é sempre discutida entre o médico e o paciente.
Existem 3 técnicas: Técnicas FUE , FUT e mista (FUE + FUT).
Os implantes são retirados diretamente do couro cabeludo da região doadora. É uma técnica desenvolvida para transplante capilar na qual as obtenções das unidades foliculares ocorrem uma a uma, sem haver a necessidade da retirada da faixa única de pele.
Esses implantes podem ter de 1 a 4 fios, são selecionados e implantados nas áreas calvas. Essa distribuição diferenciada reflete em um resultado mais natural. Os instrumentos usados para retirar os implantes medem 0,6 a 0,8 mm de diâmetro, o que gera uma recuperação muito tranquila e sem sangramentos com cicatrizes imperceptíveis. Observe o vídeo:
As vantagens dessa técnica ficam por conta da ausência de uma cicatriz linear como ocorre na técnica fut, Quem optar por essa técnica terá a possibilidade de usar o cabelo raspado, um pós-operatório mais confortável e o retorno mais rápido a rotina. Outra questão a ser considerada é a possibilidade do uso de implantes de outras regiões do corpo, como barba e tórax.
Os implantes são separados de uma faixa de couro cabeludo retirado da região doadora. Nesta técnica, a mais tradicional, é retirada uma faixa fina de pele da área doadora para a preparação dos micros implantes.
O fechamento da pele é feito com pontos, resultando apenas numa fina cicatriz escondida pelo próprio cabelo. Após a retirada da área doadora uma equipe que precisa ser qualificada para este procedimento, começa através dos microscópios específicos o trabalho de corte dos implantes. São cortados os slivers(cortes transversais) de onde são retirados os implantes que serão implantados nas áreas calvas.
Os slivers são subdivididos em unidades foliculares. Cada folículo é preparado cuidadosamente para serem implantados. Ao término da colocação dos implantes é feito um curativo que pode ser removido no dia seguinte a cirurgia.
Utilizamos as duas técnicas (fue + fut) no mesmo procedimento. Quando a área doadora é pouco densa podemos associar as 2 técnicas descritas anteriormente, ou seja, além de retirarmos a faixa de pele na área doadora também removemos mais implantes individualmente ao redor da cicatriz já suturada.